João Capela "oferece" grande penalidade e Naval consegue empatar em Braga
A ilação que se pode tirar deste jogo é que o Sp. Braga ainda não acredita em si e não percebe que tem tudo para ser melhor do que está a ser; que tem condições para se projectar a um patamar mais elevado do que aquele que já ocupa. Além disso, este empate caseiro frente à Naval não vem ajudar em nada na reabilitação da auto-confiança minhota.
Depois de duas derrotas consecutivas na Liga Sagres, regressar aos triunfos era essencial. O Sp. Braga até marcou bem cedo - por Meyong aos 15 minutos -, teve possibilidades de ampliar a diferença, mas esqueceu-se de um pormenor precioso: a Naval, apesar de ter menos qualidade, demonstrou desde o primeiro minuto que não estava em Braga apenas para não sofrer golos.
E quando os bracarenses já pareciam confortavelmente refastelados na vantagem mínima, eis que a Naval iguala. O relógio marcava 83 minutos e Bruno Lazaroni repôs a igualdade através de uma grande penalidade muito discutível assinalada pelo árbitro João Capela.
Jorge Jesus é reconhecidamente um treinador que sabe mexer com a consciência dos seus atletas. E terá muito trabalho a fazer nos próximos dias, pois três resultados negativos na Liga Sagres atentam ao bem-estar de qualquer colectivo. E o Sp. Braga não é diferente. A favor dos minhotos, está a qualidade imensa do seu plantel, que a qualquer instante pode dar a volta a este contexto, que para já, é negativo.
Crónica do Jogo:
Esta tarde, a equipa bracarense entrou bem. Alegre, solta, com movimentações muito interessantes e dinamismo. Marcou cedo por Meyong e teve mais alguns lances de perigo, como por exemplo, o remate de Renteria ao poste e o "tiro" de Mossoró, que Jorge Batista defendeu com alguma dificuldade.
Mas a Naval mostrou que sabia bem o que queria e ocupou muito bem os espaços mais recuados, nunca se precipitando nas saídas para o ataque. Davide e Marcelinho eram dois homens com capacidade para desequilibrar na frente.
Mesmo assim, as melhores ocasiões para marcar pertenceram a Diego Ângelo: o defesa central, primeiro de cabeça e depois com o pé esquerdo falhou o alvo, e apesar de ter facilidade com os pés, mostrou porque não actua numa posição mais ofensiva.
Ao intervalo, Jorge Jesus vencia mas não podia estar satisfeito e fez duas alterações. Ainda tentou harmonizar o trabalho dos dois médios mais laterais (Alan, Luís Aguiar e depois Matheus, que estiveram perdidos), mas a produção da equipa não se alterou.
De qualquer forma, os ponteiros do relógio corriam a favor do Sp. Braga e quase já ninguém acreditava ser possível outro resultado que não um triunfo minhoto. Nisto, sem se perceber porquê, João Capela assinalou uma grande penalidade e Lazaroni silenciou a "pedreira".
Refira-se, finalmente, que João Capela já deixara passar em claro um derrube de Igor a Alan na área da Naval, aos 33 minutos. Por ter tido influência no resultado, o homem do apito devia ter mostrado a si mesmo um cartão vermelho.
Por Pedro Jorge da Cunha, jornalista "Mais Futebol"
Foto: Hugo Delgado, fotojornalista "Lusa"
Depois de duas derrotas consecutivas na Liga Sagres, regressar aos triunfos era essencial. O Sp. Braga até marcou bem cedo - por Meyong aos 15 minutos -, teve possibilidades de ampliar a diferença, mas esqueceu-se de um pormenor precioso: a Naval, apesar de ter menos qualidade, demonstrou desde o primeiro minuto que não estava em Braga apenas para não sofrer golos.
E quando os bracarenses já pareciam confortavelmente refastelados na vantagem mínima, eis que a Naval iguala. O relógio marcava 83 minutos e Bruno Lazaroni repôs a igualdade através de uma grande penalidade muito discutível assinalada pelo árbitro João Capela.
Jorge Jesus é reconhecidamente um treinador que sabe mexer com a consciência dos seus atletas. E terá muito trabalho a fazer nos próximos dias, pois três resultados negativos na Liga Sagres atentam ao bem-estar de qualquer colectivo. E o Sp. Braga não é diferente. A favor dos minhotos, está a qualidade imensa do seu plantel, que a qualquer instante pode dar a volta a este contexto, que para já, é negativo.
Crónica do Jogo:
Esta tarde, a equipa bracarense entrou bem. Alegre, solta, com movimentações muito interessantes e dinamismo. Marcou cedo por Meyong e teve mais alguns lances de perigo, como por exemplo, o remate de Renteria ao poste e o "tiro" de Mossoró, que Jorge Batista defendeu com alguma dificuldade.
Mas a Naval mostrou que sabia bem o que queria e ocupou muito bem os espaços mais recuados, nunca se precipitando nas saídas para o ataque. Davide e Marcelinho eram dois homens com capacidade para desequilibrar na frente.
Mesmo assim, as melhores ocasiões para marcar pertenceram a Diego Ângelo: o defesa central, primeiro de cabeça e depois com o pé esquerdo falhou o alvo, e apesar de ter facilidade com os pés, mostrou porque não actua numa posição mais ofensiva.
Ao intervalo, Jorge Jesus vencia mas não podia estar satisfeito e fez duas alterações. Ainda tentou harmonizar o trabalho dos dois médios mais laterais (Alan, Luís Aguiar e depois Matheus, que estiveram perdidos), mas a produção da equipa não se alterou.
De qualquer forma, os ponteiros do relógio corriam a favor do Sp. Braga e quase já ninguém acreditava ser possível outro resultado que não um triunfo minhoto. Nisto, sem se perceber porquê, João Capela assinalou uma grande penalidade e Lazaroni silenciou a "pedreira".
Refira-se, finalmente, que João Capela já deixara passar em claro um derrube de Igor a Alan na área da Naval, aos 33 minutos. Por ter tido influência no resultado, o homem do apito devia ter mostrado a si mesmo um cartão vermelho.
Por Pedro Jorge da Cunha, jornalista "Mais Futebol"
Foto: Hugo Delgado, fotojornalista "Lusa"